segunda-feira, 9 de junho de 2008

REALTIME

No meio de uma tempestade a falta de luz paralisa a cidade. Pela janela do carro, o jornalista assiste o mundo desabando em água. Em sua volta tudo está alagado, automóveis sendo arrastado pela chuvarada. Neste momento, saca o seu laptop e relata tudo o que está vendo em realtime, com fotos, imagens e texto. É a capacidade de reação imediata. Tal mobilidade era imaginável há alguns anos.
Esta maneira de relatar os fatos no momento que está acontecendo, mobiliza as redações dos jornais norte americanos. Os jornalistas móveis, mochileros ou mojo's working ( é a contração de mobile journalists). É cada vez mais comum, as empresas de comunicação contratar profissionais que passam a maior parte, se não na totalidade do seu tempo, fora das redações.
Alguns chefes de redações, mais conservadores. Como o editor do The Baltimore Sun, Tim Franklin, acreditam que está modalidade de imprensa vai acabar com o cara-a-cara, o intercâmbio de idéias e principalmente com a supervisão editorial. Só que a demanda por conteúdo na web e muito grande, a verba cada vez mais escassa, o dead line é instantâneo e a tecnologia para trabalhar fora do escritório aumenta. Ou seja, você se adapta ou acaba.
Segundo o editor chefe do Editor & publisner, Joe Strupp, o kit mojo, com câmera de vídeo, gravador de mão, laptop, telefone celular e outros gadgets, sai pela bagatela de U$ 14.800 fob. Se você está pensando em adotar este formato na redação de sua empresa é bom avaliar o custo/benefício. Alerta, Strupp.
fonte: Joe Strup E&P
foto: www.nicewallpapers.info/pt/

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